Mônica Vermelha

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quarta-feira, 28 de maio de 2014

“Meu caro amigo”

Carta a um manifestante do movimento “não vai ter copa”.


 “Meu caro amigo”,

 
Em primeiro lugar quero te dizer que apesar de ver alguns equívocos no discurso e mesmo nas reivindicações deste movimento que você avaliza, acho que ele chama a atenção para algumas questões importantes e justas como o problema das remoções que foram feitas, talvez em sua maioria, sem a observação de alguns critérios mínimos que garantissem respeito aos desalojados e aos seus direitos de cidadania e também a questão do autoritarismo da FIFA que, de fato, assumiu aqui poderes exorbitantes e completamente ilegítimos, e ainda a questão da violência policial – principalmente das PM’s – contra pobres e manifestantes. Infelizmente nenhum destes problemas é novo para nós e nenhum deles está associado exclusivamente à COPA, talvez a ingerência da FIFA, mas, sabemos que ingerência de órgãos estrangeiros no Brasil não é exatamente uma novidade e, em muitos outros momentos de nossa história, ela foi, e é, infinitamente mais maléfica e danosa.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

DISCURSO DE LULA NO 2º CONGRESSO DOS DIÁRIOS DO INTERIOR

Sei que muitos têm ojeriza do Lula e não se dispõem a ler/ouvir nada do que ele fala, isso se chama preconceito, ódio gratuito, despeito, sei lá...

Se você é inteligente e tem argumentos, leia e contra-argumente ao invés de vomitar ódio e preconceito!

Eu sou fã do homem, todo mundo já sabe, achei SENSACIONAL este discurso.



"É sempre um prazer dialogar com os jornalistas e empresários da imprensa regional brasileira. Por isso agradeço o convite da Associação dos Diários do Interior do Brasil para participar desse Congresso. Vocês acompanharam as transformações que ocorreram no Brasil nesses 11 anos e que beneficiaram o conjunto do país, não apenas os privilegiados de sempre ou as grandes capitais. Sabem exatamente como essa mudança chegou às cidades médias e aos mais distantes municípios. O Brasil antigo, até 2002, era um país governado para apenas um terço dos brasileiros, que viviam principalmente nas capitais. A grande maioria da população estava condenada a ficar com as migalhas; excluída do processo econômico e dos serviços públicos, sofrendo com o desemprego, a pobreza e a fome. Os que governavam antes de nós diziam que era preciso esperar o país crescer, para só depois distribuir a riqueza. Mas nem o país crescia o necessário nem se distribuía a riqueza.