Mônica Vermelha

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sábado, 7 de fevereiro de 2015

ALGUMAS PROPOSTAS PARA A EDUCAÇÃO!

Mônica Regina dos Santos - Analista Educacional – Candidata a Superintendente da SRE Divinópolis.

 Algumas propostas de trabalho e pequeno currículo. 

- Lutar por um reajuste salarial significativo e urgente, os salários da Educação de Minas são vergonhosos, são um ultraje e um símbolo do descaso a que a educação está relegada em nosso Estado. Para os professores defendo o pagamento imediato do piso nacional e para os demais profissionais um reajuste salarial proporcional ao dos professores. E que, gradativamente, os salários da Educação sejam equiparados aos das outras Secretarias Estaduais, pois não há justificativa plausível para que os salários pagos na Educação sejam inferiores aos de outras pastas; defendo ainda que não haja diferenças salariais entre servidores que ocupem um mesmo cargo, no caso da gratificação paga a alguns setores das SREs, que ela seja incorporada ao salário do servidor, integrando o novo piso que será definido por cargo.
- No que se refere aos demais cargos de direção da SRE, os mesmos devem ser ocupados por pessoas que tenham compromisso com as mudanças que o atual governo propôs/proporá, pessoas de conduta ética inquestionável e competentes. Penso que, atendidos estes critérios, deve-se priorizar os servidores da própria casa e servidores das Escolas Estaduais, mediante apresentação de projeto de trabalho para o setor, no preenchimento dos cargos das Diretorias e Divisões, sendo escolhidos pela Superintendente e sua assessoria, os autores dos melhores projetos. - Lutar pelo fim da progressão automática. A progressão continuada é um avanço, uma estratégia pedagógica progressista e urgente, mas, transformá-la em progressão obrigatória ou automática – e é isso que está acontecendo na prática - é um erro descomunal, que volte a possibilidade da reprovação criteriosa, a ser decidida pelo conjunto dos professores, priorizando o compromisso de professores e alunos com a aprendizagem real, e não a mera produção de estatísticas. - Defendo ainda a diminuição das avaliações externas, uma única avaliação externa anual de toda a educação básica, em parceria com o governo federal, é suficiente para subsidiar e reorientar a prática da escola. - Havendo compromisso do Estado e ações concretas no sentido de que os profissionais da Educação tenham um salário digno, é justo e é obrigação do Estado cobrar dos mesmos um trabalho mais efetivo. É preciso dar seriedade e consistência ao processo de Avaliação de Desempenho; que ele seja verdadeiro, que seja justo, que seja democrático e honesto e não a farsa que é atualmente, e que tenha como objetivo principal aquele que deveria ser o objetivo de toda e qualquer avaliação: reorientar, redirecionar a prática profissional de cada trabalhador e não punir, a não ser nos casos de descompromisso reiterado do “profissional”. - Apuração de quaisquer denúncias de “corrupção e/ou fraude” na SRE e consequente responsabilização dos envolvidos. - Que o papel das SRE’s seja revisto, saindo do burocratismo estéril, excessivamente legalista, repetitivo e frustrante para se transformar numa estrutura de caráter pedagógico, de pesquisa e de apoio efetivo ao trabalho educacional desenvolvido pelas escolas, restringindo a estrutura burocrática ao mínimo necessário. Para isso proponho que o setor pedagógico seja reestruturado e que tenha para o ano de 2015 três metas: 1 – Realizar encontros, seminários e workshops com professores de todas as escolas estaduais (e municipais, se possível) da circunscrição de Divinópolis, organizados por polos, com formato de oficina, para discutir e encontrar soluções efetivas e democráticas para o problema da indisciplina/violência na escola. 2 – Capacitar todos os especialistas educacionais das escolas estaduais (e municipais, se possível) para que exerçam o seu verdadeiro papel de assessores pedagógicos dos educadores; 3 – Criar um sítio eletrônico com conteúdo teórico, prático e dialogal. Nele deverá ter sugestões de leitura e fórum de discussão dos textos propostos, disponibilização de recursos e materiais didáticos diversificados e interdisciplinares, divulgação/socialização de experiências educacionais exitosas das escolas da circunscrição da SRE Divinópolis; criar também perfil da SRE de Divinópolis no Facebook. - Que o setor pedagógico da SRE seja, de fato, uma equipe de especialistas nos diversos temas educacionais e que possa ir às escolas, mediante solicitação das mesmas, para ajudar e orientar, naquela que for a demanda específica da escola. - Lutar junto à SEE para que o sistema de registro de ponto – FORPONTO – seja revisto, o atual é caríssimo, extremamente ineficiente, rígido demais (o que é burrice) e fácil de ser burlado, dando margem a falsificações e abusos. Que se coloque o ponto biométrico – porque o comparecimento e a permanência no local de trabalho são importantíssimos e obrigação inescapável do servidor público - mas que se adote uma filosofia que valorize mais o trabalho e a produtividade do que a mera marcação do ponto. - Lutar para que a promoção por escolaridade seja imediata ao reconhecimento da autenticidade do certificado entregue pelo servidor. - Para o setor financeiro da SRE, a proposta é que trabalhemos para economizar recursos – infelizmente temos uma cultura do desperdício muito arraigada, na SRE e nas Escolas, coisas como energia, água, xerox/impressão e material de escritório tem uma margem bastante significativa de possibilidade de economia e de racionalização do uso, gerando economia, financeira inclusive, e possibilitando a melhor destinação destes recursos. Um segundo ponto, caso a SRE venha a ter mais autonomia financeira - é dar um caráter democrático e transparente à gestão financeira, com a criação de um “conselho orçamentário” para deliberar sobre a melhor aplicação dos recursos financeiros da instituição, e publicação no sítio eletrônico da SRE de prestações de contas semestrais de toda a movimentação financeira realizada, conferindo maior transparência a esta questão. - Para o Serviço de Inspeção Escolar julgo de extrema importância redefinir e demarcar com bastante clareza as funções e o papel do Inspetor Escolar, retirando deste profissional a pecha policialesca e proporcionando-lhe maiores oportunidades de capacitação/atualização, especialmente sobre os aspectos pedagógicos e legais do seu trabalho, de tal forma que ele possa ir além do papel de “fiscal” da escola e se tornar mais um profissional capaz de assessorar e orientar a escola no cumprimento de sua missão primeira. Currículo: Meu nome é Mônica Regina dos Santos - Analista Educacional – Candidata a Superintendente da SRE Divinópolis. Sou graduada em Ciências Sociais pela UFMG e Mestra em Análise de políticas públicas pela mesma Universidade. Tenho 49 anos e sou natural de Itaúna – MG. Tenho 18 anos de trabalho na Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, sendo 12 anos no Órgão Central e 6 anos na Superintendência Regional de Ensino de Divinópolis. Em todos esses anos atuei em diversos setores e projetos, sendo eles: Diretoria de Serviços Gerais, Serviço de Apoio ao Gabinete, Superintendência de Reeducação do Menor Infrator (SAREMI/Secretaria de Estado da Justiça – Adjunção), SEDINE – Serviço Estadual de Documentação e Informações Educacionais, Escola Extinta, Currículo, Educação de Jovens e Adultos, PEAS – Programa de Educação Afetivo Sexual, PROGESTÃO – Capacitação de Gestores Escolares, Projeto Político Pedagógico, Avaliação, Regimento Escolar... Fui professora de Sociologia, no Ensino Médio da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte por 1 ano e professora universitária por 10 anos, trabalhando com as disciplinas Introdução à Sociologia, Política I e Política Brasileira nas Universidades Percival Farquhar/Univale de Governador Valadares, FUNEDI/Divinópolis e FUI/Itaúna. Trabalhei ainda durante 7 anos na Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, tendo atuado na Secretaria Municipal de Meio Ambiente/Departamento de Parques e Jardins e Secretaria Municipal de Administração/Departamento de Recursos Humanos. Sou simpatizante/militante do PT há mais de 30 anos e filiada ao partido há 08 anos. Em todos esses anos sempre participei ativamente, às vezes como liderança, dos movimentos reivindicativos por uma Educação de qualidade e pela valorização dos trabalhadores da Educação Pública de Minas Gerais. “Em todas as oportunidades que tive, ao longo da minha vida, de dialogar com educadores tentei alertá-los para o significado incomensurável da sala de aula, ela é um espaço quase infinito, de poder e de responsabilidade. Transformar a educação é transformar a sala de aula e transformar a sala de aula é o caminho mais rápido para transformar a cidade, o estado, o país; é o caminho mais rápido, embora seja infinitamente mais lento do que eu gostaria, para se construir uma nação digna, democrática, sustentável, justa. Por isso posso declarar sem medo de errar: luto e sempre lutarei pela valorização dos educadores, mas luto principalmente, para que os mesmos tenham consciência do seu valor, do seu poder e da sua responsabilidade porque no dia em que todos, ou pelo menos a maioria, tiver essa consciência, essa categoria será realmente valorizada e mudará RADICALMENTE a realidade na qual está inserida.”


Ps. Faltou falar da imperiosa necessidade de reduzir o número de alunos na sala de aula, mas como esta é uma medida muito difícil, dispendiosa, complicada, espero que pelo menos comecemos a conversar sobre a mesma!

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