Eu já não tenho idade
para pular muito carnaval, dou só uns pulinhos de leve; então tratei de
procurar um lugar legal para passar os dias de folia; e lugar legal para mim
tem que ter cachoeira, amo cachoeira. Buscando, na net, a partir de algumas
referências que eu tinha fui parar em Ipoema, distrito de Itabira, terra do
nosso Drummond. E que lugar simpático, com lindas cachoeiras, pessoas simples e
acolhedoras e o delicioso ritmo dos pequenos lugarejos de Minas.
A menos de oitenta
quilômetros de Belo Horizonte, Ipoema está no caminho da Estrada Real e é
definida pela Pousada Tropeiro Real como “Terra de natureza exuberante e
cultura tropeira” e é linda. Ali tem rios, matas, cachoeiras e cânions muito
bonitos, que nos proporcionam a maravilhosa sensação de estar em comunhão com
Deus, com a natureza e com o nosso semelhante.
Ficamos, eu e um casal de amigos, na pousada
Tropeiro Real, de um casal de artistas: o Ronei, um fotógrafo super talentoso e
a Ana, uma cantora afinadíssima, que tem uma voz linda e um repertório
chiquerésimo (mpb e música regional, basicamente). E para incrementar ainda
mais tinha também o Felipe, filhote deles, um gatinho muito lindo que canta
também. Esse garoto apresentou para a galera que estava lá na pousada uma
paródia sensacional da chata e preguenta “Ai se eu te pego” do Michel Teló: “Só
tem um verso”, que eu fiz questão de postar aqui para vocês, queridos leitores,
conhecerem e apreciarem.
Bom, nessa pousada tinha vários outros hóspedes e
tivemos oportunidade de conhecer e conviver com pessoas muito interessantes: é
incrível como lugares assim atraem pessoas simpáticas, conscientes, solidárias
e inteligentes. Mas não é só isso, o pessoal “nativo”também é especial: as
trabalhadoras da pousada, os garçons, garçonetes e cozinheiras dos bares e
restaurantes; as pessoas do lugar são umas gracinhas, como diria uma amiga
minha. Eu me considero privilegiada por ter a chance de, de vez em quando,
conhecer lugares e pessoas assim e, graças aos céus, a minha querida terra é
farta desses lugarejos deliciosos, e eu sou inteligente e esperta o suficiente
para amar, desfrutar e respeitar tudo de bom que a natureza, em sua
generosidade ímpar, nos oferece.
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